Qualidade de vida e atividade física, é preciso mesmo?

Ano começando e nossas promessas ainda estão fresquinhas na memória. As academias lotadas de novos alunos, as geladeiras cheias de comidas saudáveis, planos para que a frase “Dessa vez, eu vou conseguir” seja concretizada.

Então vamos aproveitar essa empolgação de início de ano para organizar nossas vidas com hábitos que favoreçam uma vida com maior qualidade?

E primeiramente cada um deve pensar o que é qualidade de vida para si.

Pela Organização Mundial da saúde, o conceito de qualidade de vida é bem amplo, nos diz que: “É a percepção do indivíduo acerca de sua posição na vida, de acordo com o contexto cultura e o sistema de valores com os quais convive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.”. Ou seja, qualidade de vida não é o que está escrito nos jornais, revistas e blogs, mas sim o que tem valor para você!

Grimley-Evans disse: “Saúde é valiosa à medida que promove felicidade; longevidade é valiosa à medida que oferece oportunidade continuada para a felicidade”. Desta forma, envelhecer com saúde, varia de pessoa para pessoa também. Avalie o que importa e realmente vale para sua vida.

Um grande número de pessoas valorizam sua independência e autonomia. Poder ir e vir quando quiser; não precisar de terceiros para realizar suas atividades diárias; ter a capacidade de decidir por si só.

Pensando nisso, é fato que alguns hábitos de vida favorecem a manutenção de nossa independência por mais anos.
Envelhecer e manter-se ativo, independente, com saúde, é desejo da grande maioria das pessoas.

Se esse também for o seu desejo, sim, serão necessárias algumas mudanças de hábitos. Entre eles cessar tabagismo, fazer atividade física e manter uma alimentação balanceada são os principais. E ressalto a atividade física, neste artigo.

É sabido que o sedentarismo e envelhecimento promovem perda de massa muscular e óssea, o que pode contribuir com o aumento de quedas, dor, osteoporose, exaustão física, fragilidade e consequentemente perda de capacidade funcional (conseguir realizar as atividades de vida com independência). A atividade física por outro lado evita todas essas alterações, através do aumento da massa muscular e óssea.

Estudos também demonstraram que a atividade física é capaz de aumentar a função cerebral e minimizam a perda de tecido cerebral, que ocorre com a idade. Na prática isso ajuda a prevenir problemas de memória. Também contribui na atenuação do declínio cognitivo dos portadores de Demência de Alzheimer.
Também é fato comprovado a contribuição para melhorar a capacidade cardiorrespiratória, melhorando a aptidão física. Desta forma, o exercício também ajuda a minimizar a falta de ar gerada por doenças como enfisema pulmonar ou insuficiência cardíaca.

Mais um benefício das atividades físicas é para a saúde mental. Vários estudos mostram uma melhoria da depressão, autoestima, transtorno de ansiedade e da qualidade do sono, bem como diminui o estresse.

Além de tudo isso, para um melhor controle e prevenção de complicações de doenças crônicas como diabetes, pressão alta, osteoporose, osteoartrose, entre outras, um programa de treinamento físico é importantíssimo.

Então… evidências dos benefícios de atividade física para a saúde física e mental, mantendo a independência dos
indivíduos ao longo da vida por mais tempo, não faltam. Mesmo assim, a decisão é de cada um.

Pergunte o que é qualidade de vida para você? O que deseja para o seu envelhecimento? O que lhe faz feliz? E mais, como atingir esse desejo? Agora, sabendo dos benefícios de uma vida ativa, você pode decidir entre ela ou o sedentarismo.

Feliz 2017!